De olhos postos no horizonte de 2030

2022-12-14

Decorreu, no dia 13 de dezembro, a 41.ª Assembleia Geral Ordinária da Dueceira – Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça. O principal ponto da ordem de trabalhos foi a apreciação e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para 2023. Trata-se de um plano que prossegue uma linha de continuidade nas suas principais componentes de atuação mas que - considerando a atual transição entre quadros de programação -  avança, simultaneamente,  para novas projeções, com a reapreciação do território e construção da abordagem estratégica com o horizonte temporal coincidente com  período de programação 2023/2027 e que se espraia até 2030 na sua implementação.

Numa conjuntura caraterizada pela instabilidade social e económica à escala nacional e mundial a qual, naturalmente, constrange o desenvolvimento sustentável dos territórios, empresas e instituições locais, propõe-se um plano que preconiza o equilíbrio e coerência das ações perspetivando a captação de investimento, o estímulo à micro economia, o acompanhamento social em áreas vulneráveis, a preservação ambiental, identitária e o prestígio territorial, naturalmente em alinhamento com a Visão e Orientações Estratégicas da Associação. 

No ano de 2023, o Plano vai ainda enfatizar-se na atualização e adequação organizacional alinhado com a clarificação de detalhes de programação associados aos fundos comunitários do Programa Portugal 2030 e com maior relevo do PEPAC – Programa Estratégico da Política Agrícola Comum.

Para além da continuidade da sua acção de dinamização do Parque de Máquinas Florestal e de outras competências já instituídas e que constam habitualmente do conjunto de actividades preconizadas, o primeiro semestre de 2023 será essencialmente focado para o envolvimento da comunidade na construção da Estratégia de Desenvolvimento Integrado e Sustentável DUECEIRA2030 e na candidatura da entidade objectivando a sua credenciação na qualidade de entidade gestora de fundos públicos territorializados. 

A Dinamização da Marca Territorial “Terras da Chanfana”®, com a necessária Interligação com os Parceiros que integram o processo constituirá outro dos focos centrais da Dueceira em 2023 com ênfase essencialmente para a criação do Roteiro das Terras da Chanfana, suportado na Carta de Experiências Únicas e Sensoriais do Território e coadjuvado com outras acções promocionais para incremento do prestígio e valor territorial. 

Igualmente enfoque na dinamização do projecto ‘3C - Cooperação em Circuitos Curtos (Prove)’, através do qual se pretende a valorização dos circuitos curtos de proximidade, visando o escoamento de produções agrícolas de forma directa e colaborativa pelos agricultores, numa proximidade de cumplicidade e co-responsabilização com os consumidores através da implementação da boa prática de comercialização, já exemplo nacional, designada por Cabazes Prove. Com este intuito, será lançado o Cabaz Prove Terras da Chanfana. 

Também se pretende a consolidação da Estrutura “6 em Rede” – Rede Inter Municipal de Apoio à Vítima de Violência Doméstica com operacionalização das componentes de GAV -Gabinete de Apoio à Vítima e de RAP – Resposta de Apoio Psicológico a Crianças e Jovens Vítimas de Violência Doméstica nos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares. Uma acção de natureza social com forte significado e importância para a mitigação do flagelo da VD no território. A estrutura dinamizada pela Dueceira identifica outra linha de trabalho da Associação permitindo um trabalho de base de consciencialização e cidadania das comunidades. 

Da Ordem de Trabalhos, também a apresentação e aprovação, por unanimidade, das grandes linhas orientadoras e eixos estratégicos de intervenção no âmbito da Estratégia de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável DUECEIRA 2030, as quais divididas em 4 grandes pilares: Território | Pessoas e Organizações | Recursos, Actividades e Produtos | Iniciativa Local pressupõe no seu todo a melhoria da qualidade de vida das populações através da construção de uma imagem positiva, renovada e atractiva do mundo rural, com recurso às originalidades do território como factor de afirmação e fortalecimento da auto-estima das comunidades locais, visando a sua fixação e valorização e assumindo como Macro-Objectivo de toda a intervenção o Reforço da Competitividade do Território aos níveis Social; Ambiental; Económico e Global.

Neste âmbito, foi apresentada a metodologia de trabalho participativo que tem vindo a ser implementada, bem como os próximos passos deste processo, apelando-se ao contributo de todos na construção deste que, mais do que um documento estruturante, identifica e reconhece o território naquela que é a sua identidade, dinâmica e desafios futuros com horizonte até 2030.