Nova edição do Pessoas e Lugares Focado na cooperação no Alentejo e em particular no Alentejo Central,
este número do jornal Pessoas e Lugares – resultado de uma parceria entre a Federação Minha Terra e o MONTE,
ACE – evidencia a importância da cooperação para o desenvolvimento dos territórios rurais.

Ferramenta determinante na forma de “fazer desenvolvimento local”,
a cooperação tem-se revelado essencial “por permitir viabilizar e potenciar inúmeras iniciativas,
que de forma isolada não teriam condições para emergir ou se consolidar,
e por produzir conhecimento determinante para a sustentabilidade das organizações locais e para a estruturação dos territórios”,
refere Regina Lopes no Editorial.
Depois de mais de 20 anos de intervenção,
a cooperação no contexto da abordagem LEADER evoluiu e hoje novos desafios se colocam aos diferentes interlocutores,
nomeadamente,
aos Grupos de Ação Local (GAL),
que desde a primeira hora têm protagonizado iniciativas promotoras do trabalho em rede,
aproximando pessoas e organizações.
Salientando a componente da inovação,
“essencial na cooperação”,
a diretora do Pessoas e Lugares aponta para o surgimento de “novas temáticas com elevados níveis de complexidade”,
a que os GAL devem responder “estabelecendo parcerias com centros de investigação e de produção de conhecimento essenciais no desenho de novas soluções”.
Centrada na experiência de cooperação do MONTE,
ACE,
esta edição do Pessoas e Lugares dá um olhar sobre o Alentejo Central,
mas também de territórios mais distantes,
como Cabo Verde e Guiné-Bissau,
onde alargou a sua intervenção,
através de vários textos de Opinião e depoimentos que justificam a escolha do tema.
Em entrevista,
Teresa Pinto Correia,
professora da Universidade de Évora e Presidente do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM),
analisa as transformações que os espaços rurais têm sofrido,
fala da ausência de estratégias e defende a necessidade de se apostar mais na investigação aplicada.
O tema enquadra também a habitual rubrica Rotas,
dando a conhecer uma rota de cooperação que tem o sabor da descoberta e fruição do território Alentejo Central.
Uma rota centrada na iniciativa dos agentes locais,
na capacidade de se organizarem em torno de projetos diferentes ou invulgares,
desenvolvidos e promovidos em parceria,
que conjugam a vontade e o esforço de várias entidades e pessoas,
espelhando a forte dimensão da cooperação neste território,
onde prevalece a convicção de que só através da ação conjunta se conseguirá perspetivar estratégias eficazes,
válidas e com reais benefícios para todos.
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